Conheça o IVAR: Índice de Variação de Aluguéis Residenciais!
Conheça o IVAR (Índice de Variação de Aluguéis Residenciais), que pode substituir o IGP-M (Índice Geral de Preços) e o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) no mercado imobiliário.
Desde a década de 1980, o IGP-M vem sendo utilizado nos reajustes de aluguéis. Inclusive, por muito tempo esse indicador manteve os valores muito próximos do IPCA.
Contudo, com a disparada do dólar em 2020, ele começou a ser um problema. De acordo com dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas, o IGP-M já acumula elevação de 25,71% nos últimos 12 meses.
Diante desse cenário, o IVAR foi criado para ser um índice mais justo e que, de fato, acompanhe a movimentação do mercado imobiliário sem ser influenciado por fatores tão voláteis quanto o dólar.
Neste artigo, explicaremos o que é o IVAR, como é calculado e como ele afeta o seu imóvel.
Acompanhe!
O que é o IVAR?
O IVAR é um novo índice de reajustes de aluguéis residenciais lançado pela Fundação Getúlio Vargas.
Seu objetivo é medir, de uma forma mais eficiente e constante, a evolução dos valores dos contratos locatícios, visto que o usado até o momento (o IGP-M) tem tido variações que comprometem o equilíbrio desse mercado, especialmente para os inquilinos.
Além disso, na composição do IVAR são considerados aspectos que outros índices de reajuste não levam em conta – como os efeitos da pandemia na redução da renda das famílias nos últimos 2 anos – e isso torna esse índice mais sensível e realista.
Para você ter uma ideia, confira no gráfico abaixo, que compara o IVAR com dois outros índices usados (IPCA-15 e IPC-S) para calcular a inflação dos aluguéis, e veja como ele considerou – diferentemente dos outros – a perda de renda das famílias em 2021 para trazer um índice menor que os outros dois.
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Como o IVAR é calculado
Atualmente, o IVAR tem como base de cálculo mais de 10 mil contratos vigentes de locação de imóveis nas quatro maiores capitais do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Mas, a intenção da FGV é, com o tempo, aumentar o catálogo de cidades para que o IVAR colete uma média do valor de locação ainda mais justo.
Dessa forma, o indicador acompanha, de forma mais efetiva, os preços que estão sendo, de fato, praticados e não apenas anunciados.
Segundo divulgou a própria Fundação Getúlio Vargas, o IVAR considera dados que são gerados pelos agentes do mercado imobiliário que participam das negociações e contratos de locação. O índice acompanha a evolução desses valores ao longo do tempo para um mesmo imóvel (como reajustes, negociações, interrupções de contrato, entre outros), mantendo-se bastante próximo da dinâmica real do mercado.
👉 Saiba mais sobre como funciona toda a metodologia de cálculo do IVAR neste documento oficial, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas.
Como o índice de variação de aluguéis afeta o seu imóvel?
Os índices utilizados atualmente para a variação de aluguéis mexem, e muito, com o bolso do atual ou do futuro proprietário, principalmente quando há alta em indicadores como o dólar ou a inflação.
Isso porque esses indicadores são a principal base do mercado imobiliário, no que se refere a fechar contratos.
Por exemplo, quando o IGP-M aumenta, o valor do metro quadrado na região também se eleva, o que afeta não apenas o aluguel, mas também a compra e até os contratos de financiamento, o que mostra que, dentre esses indicadores, o IGP-M acaba por travar as negociações de compra, venda e locação, já que a alta nos últimos anos está sendo constante e muito acima da inflação.
Diante de preços exorbitantes, até mesmo o financiamento que tenha como base esse indicador deixa de ser atrativo. Assim como a venda do imóvel se torna muito mais difícil.
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